A crueldade das metas e a espiritualidade

Não há dúvidas que o resultado financeiro é o ponto focal, que conduz a lógica de decisões em uma organização. Uma empresa existe, primordialmente para dar lucro para o dono e acionistas. Na prática vemos isso a cada negócio e relação e na teoria, alguns autores dão base a essa lógica, como o Indiano Ram Charam e aqui no Brasil Vicente Falconi.

Gerar bem-estar para a sociedade, atender bem os clientes e colaboradores, não ficam de fora da missão de uma empresa, todavia, nada é mais primordial que a busca do lucro e para isso, é preciso bater metas.

A relação entre espiritualidade e bater metas, pode ser complexa, pois pode haver um conflito aparente entre a busca por significado e propósito e a necessidade de alcançar resultados concretos e mensuráveis.

No entanto, com um olhar mais atento, a espiritualidade pode ajudar a impulsionar o alcance dessas metas. Pode fornecer uma perspectiva mais ampla e profunda sobre o propósito do trabalho, ajudando os colaboradores a se sentirem mais motivados e engajados em suas tarefas diárias.

Pode ajudar a criar um ambiente de trabalho mais colaborativo e compassivo, onde os funcionários se sintam apoiados e inspirados a trabalhar juntos em direção a objetivos comuns. A espiritualidade pode promover a empatia e a compaixão, incentivando as pessoas a trabalhar uns com os outros de maneira mais harmoniosa e cooperativa, em vez de competir uns contra os outros.

Também pode ajudar a criar um senso de significado e propósito em torno das metas da organização. Quando os funcionários se conectam com os valores e a missão da organização em um nível mais profundo, eles podem sentir que seu trabalho tem um propósito maior do que simplesmente gerar lucro. Isso pode levar a uma maior satisfação no trabalho e a um senso de realização que vai além dos resultados quantitativos.

Enfim, romantismo a parte, nenhum programa de gestão com base na espiritualidade funciona, se não estiver vinculado a um KPI de rentabilidade, todavia, embora possa haver conflito aparente entre a busca por significado, propósito e a necessidade de bater metas em uma organização, muitos líderes empresariais acreditam que a espiritualidade, ajuda a impulsionar o alcance de metas, criando um ambiente de trabalho mais colaborativo e compassivo, promovendo a empatia e a compaixão e criando um senso de significado e propósito, que torna mais leve o fardo de estar sempre preocupado com as cruéis metas necessárias.

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